Muitos já devem ter ouvido falar tanto da dermatoscopia digital quanto da microscopia confocal. Ambas são tecnologias que ajudam (e muito!) no diagnóstico precoce do câncer de pele, sendo consideradas hoje as principais ferramentas na área.
A dermatoscopia digital (juntamente com o mapeamento corporal total) é o método que utilizamos para monitorar todas as pintas do corpo, principalmente naqueles pacientes que apresentam alto risco de câncer de pele ( muitos sinais, manchas, pele e olhos claros, história pessoal ou familiar de câncer de pele). Com a dermatoscopia, podemos avaliar toda a pele e buscar sinais suspeitos para retirada cirúrgica e tratamento. O equipamento utilizado combina lentes especiais com luz não polarizada ou polarizada.
A microscopia confocal é um método que fornece imagens microanatômicas das pintas. É um exame realizado apenas em pintas selecionadas, que apresentem características duvidosas na dermatoscopia. Tal método se aproxima da resolução das biópsias avaliadas pelos patologistas, contudo tem a grande vantagem de poder ser realizado em tempo real e sem cirurgia. O equipamento utilizado combina lentes especiais com laser.
Então, uma ferramenta veio para substituir a outra? A resposta é : NÃO! A dermatoscopia digital e a microscopia confocal são técnicas complementares. A dermatoscopia segue com seu papel fundamental de ser utilizada de maneira prática e rápida em todas as pintas do corpo para uma triagem inicial. A microscopia confocal fica reservada para aqueles sinais específicos duvidosos, uma vez que constitui técnica mais lenta, mais cara e pelo fato de não haver um modelo de aparelho portátil.
Crédito da foto: Gabriella Campos do Carmo – @dragabriellacampos