Muitas pessoas, ao notarem algum sinal diferente na pele, agendam consulta para saber se é preocupante. Com a dermatoscopia, é possível uma avaliação clínica detalhada e, na maior parte das vezes, ao encontrarmos estruturas características, também é possível definir o diagnóstico.
Mesmo quando o sinal é benigno, muitos se questionam: mas e aí? Meu sinal, que hoje é do bem, pode se transformar,no futuro, em algo ruim? E a resposta é “depende”!
Vamos lá. Primeiramente, existem sinais que são completamente benignos e não possuem nenhuma chance de transformação, como ceratoses seborréicas, angiomas, cistos, sardas, manchas de sol. Em segundo lugar, existem sinais que são do bem e que podem sim, em alguns casos, começarem a mudar ao longo da vida gerando um câncer de pele. Nesse grupo, se destacam as pintas (também chamados de nevos melanocíticos).
O melanoma, o câncer de pele mais perigoso, pode surgir em 30% dos casos a partir de pintas anteriomente consideradas benignas. Esse dado vem para realçar dois pontos importantes : 1) precisamos, portanto, acompanhar os nossos sinais ao longo dos anos para flagrar o mais cedo possível o momento dessa transformação; 2) a maior parte dos melanomas (70%) surge como um sinal totalmente novo, então devemos redobrar a atenção quando percebemos pintas de nascimento recente na pele!
A grande ferramenta que ajuda na detetecção precoce dos sinais novos e da transformação dos sinais antigos é a dermatoscopia. Por isso, é fundamental a pele ser completamente examinada em todas as consultas. Para os casos de múltiplos sinais e/ou pacientes com maior risco de câncer de pele, podemos complementar com mapeamento corporal total e dermatoscopia digital para tornar esse acompanhamento ainda mais intensivo.
Vamos ficar sempre atento aos nossos sinais! Juntos contra o câncer de pele!
Joyce Arnaut.