Quem já teve câncer de pele, principalmente no caso do melanoma, deve prestar atenção nessa orientação – é muito importante evitarmos tatuar a pele!
As tatuagens, de uma forma geral, podem trazer algumas complicações. É possível ocorrer reações alérgicas aos pigmentos utilizados, granulomas de corpo estranho, entre outros. Pensando no contexto do câncer de pele, aquelas tatuagens de grandes dimensões, preenchidas com diversas cores escuras, podem prejudicar a avaliação clínica e o diagnóstico precoce. Principalmente se forem realizadas em áreas ricas em sinais, como o tronco. Isso porque os pigmentos utilizados borram as características das pintas e podem até mesmo esconder sinais novos ou que estejam mudando. Dessa forma, o dermatologista demora mais para perceber um sinal suspeito.
Outro ponto importante é que não devemos tatuar sobre a cicatriz de um câncer de pele já retirado. O acompanhamento da cicatriz é fundamental para detectarmos recaída da doença. Na dermatoscopia, há sinais discretos que nos permitem perceber bem cedo essa situação: alguns pequenos vasos irregulares, pequenos pontos de pigmento marrom ou preto… Se houver uma tatuagem sobre a cicatriz, certamente essas evidências clínicas serão escondidas, havendo atraso no diagnóstico.
Mas para você que adora tatuagem, fique tranquilo! Não está totalmente proibido! Mas sugiro que faça tatuagens pequenas, com traços delicados, e principalmente em áreas com poucas pintas. Não é possível prever onde uma pinta nova irá surgir, mas certamente dessa forma será menos provável que haja algum problema!
Joyce Arnaut.
Crédito da foto: Photo by Amplitude Magazin on Unsplash